Um Olhar Mais Aprofundado sobre a Privatização
Por LARRY ROMANOFF – October 10, 2020
A privatização é geralmente considerada como a venda da infraestrutura física e social básica de propriedade pública de um país, incluindo aeroportos, ferrovias, geração de eletricidade, portos e assim por diante para empresas privadas, e também incluindo a aquisição da assistência médica e dos sistemas educacionais por empresas privadas com fins lucrativos. Mas, no dicionário dos americanos e de seus amigos banqueiros europeus, a privatização tem um significado ampliado, formando apenas um segmento de um plano geral. Vejamos as partes.
A privatização começou, e quase sempre foi executada de mãos dadas com o exército colonial, começando com o do Império Britânico e mais tarde com o dos Estados Unidos. Consistia em uma agressão crua contra as nações mais fracas para permitir que alguns banqueiros europeus e suas empresas multinacionais se apropriassem das cobiçadas riquezas e recursos dessas nações. Escrevi alhures que, no início do século XIX, a United Fruit Company possuía a maior parte da Guatemala, incluindo 70% de todas as terras aráveis, instalações de comunicação, a única ferrovia e o único porto de embarque, e controlava a maioria das exportações do país por meio da propriedade da maioria das grandes corporações. Mesmo assim, o presidente dos Estados Unidos, Coolidge, orquestrou a derrubada do governo da Guatemala quando este se recusou a fazer mais concessões. Esse padrão foi seguido em toda a América Central e do Sul, onde nação após nação viram seus governos substituídos por um ditador brutal financiado pelos EUA, sua infraestrutura roubada, seus recursos saqueados e pilhados, enquanto a população era repetidamente aterrorizada e mantida em abjeta pobreza. No Zaire, os banqueiros e industriais europeus cobiçavam tanto o ouro e os diamantes que usaram a CIA para assassinar outro líder e instalar outro ditador passível de suborno ocidental. As guerras bôeres travadas na África do Sul foram organizadas pelos Rothschilds e outros industriais, usando os militares britânicos para exterminar uma população resistente à colonização e, em seguida, reivindicar os campos de ouro e minas de diamante para si. Todo o lamentável episódio do ópio na China envolveu os judeus Rothschilds, Sassoons e Russells, apoiados pelo poder dos militares britânicos para execução, assim como muitas outras coisas envolvendo a Índia. Pelo menos nos últimos 200 anos, o imperialismo militar produziu enormes lucros e crescimento econômico para os Estados Unidos e incontáveis trilhões em riqueza para um punhado de banqueiros europeus, enquanto mantinha incontáveis nações enterradas na pobreza. Isso foi “privatização” na maior escala que o mundo já viu, envolvendo o roubo em atacado da riqueza e dos recursos das nações mais fracas pela força militar. Duas das farsas mais recentes seguindo esse mesmo padrão são a destruição do Iraque e da Líbia, e pelos mesmos motivos – a ‘privatização’ dos recursos dessas nações, envolvendo a destruição do país e milhões de mortos, e a “pacificação” da população pelo terrorismo.
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