O Exército Privado dos Banqueiros
Por LARRY ROMANOFF, November 08, 2020
Durante a História recente, poucas guerras foram geradas devido a ambições políticas ou territoriais. Na História Moderna, quase todas as guerras lançadas pelo Ocidente, incluindo a Guerra Civil dos Estados Unidos e as duas Grandes Guerras Mundiais, foram guerras de banqueiros, incitadas, instigadas e financiadas pelos poderes financeiros da Europa. Anatole France, o romancista francês vencedor do Prémio Nobel, escreveu certa vez: “Você acredita que está a morrer pela pátria – morre por alguns industriais.” Podemos recordar, neste ponto, o General Smedley Butler e as suas afirmações de que as guerras eram só sobre dinheiro, sobre abrir as portas à força para que os capitalistas e os banqueiros saciassem a sua ambição desmedida.
“Passei 33 anos na Marinha, a maior parte do tempo, sendo um guarda-costas de alto gabirito do ‘Big Business’ (dos Grandes Negócios), da Wall Street e dos banqueiros. Em suma, eu era um criminoso, um assassino às ordens do capitalismo. Esta factura apresenta uma contabilidade horrível. Lápides recém-colocadas, corpos mutilados. Mentes despedaçadas. Corações e lares destroçados. Instabilidade económica. Impostos pesados durante gerações e gerações. “A guerra era, em grande parte, uma questão de dinheiro. Os banqueiros emprestam dinheiro aos países estrangeiros e, quando eles não conseguem pagar, o Presidente envia os fuzileiros navais para fazerem a cobrança. Eu sei – estive em onze dessas expedições. “
Não faltam exemplos de empresas multinacionais ocidentais a cometer atrocidades económicas – e humanas – somente para obter mais lucro. Será que perdoamos essas atrocidades porque os atacantes eram brancos, democratas e acreditavam num mercado livre? Ouçam algumas algumas vozes além da minha, sobre o tema do governo dos Estados Unidos e da criminalidade empresarial. Thomas Friedman, escreveu no New York Times: “A mão oculta do mercado nunca funcionará sem um punho oculto – o McDonald’s não pode evoluir sem McDonnell Douglas …” Philip Agee, um antigo agente da CIA, publicou um livro intitulado ‘Diário da CIA’, no qual escreveu: “O capitalismo americano baseado na exploração dos pobres, com a sua motivação fundamentada na ganância pessoal, não pode sobreviver, simplesmente, sem a utilização da força.” John Maynard Keynes, talvez o economista mais influente da História, disse: “O capitalismo é a crença extraordinária de que os homens mais perversos, motivados pelos motivos mais desumanos, trabalharão, de alguma forma, para o benefício de todos.”
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