A Arte da Guerra
Os Euromisseis nucleares estão de regresso
Manlio Dinucci
Quando há mais de cinco anos, referimos como título no ‘il manifesto’ (9 de Junho de 2015), “Será que os mísseis regressam a Comiso?”, essa hipótese foi ignorada por todo o arco político e descartada como ‘alarmista’ por alguém que se designa arbitrariamente como sendo um especialista. Infelizmente, o alarme era fundamentado.
Há poucos dias, em 6 de Novembro, a Lockheed Martin (a mesma empresa que produz os F-35) assinou o primeiro contrato de 340 milhões de dólares com o Exército dos EUA para a produção de mísseis de médio alcance, também com ogivas nucleares, projectados para serem instalados na Europa. Os mísseis dessa categoria (com base no solo e alcance entre 500 e 5500 km) foram proibidos pelo Tratado INF, assinado em 1987 pelos Presidentes Gorbachev e Reagan e eliminou os mísseis balísticos nucleares Pershing II, instalados pelos Estados Unidos na Alemanha Ocidental e os mísseis nucleares de cruzeiro Tomahawk, estabelecidos pelos Estados Unidos em Itália (em Comiso), na Grã-Bretanha, na Alemanha Ocidental, na Bélgica e na Holanda e, ao mesmo tempo, os mísseis balísticos SS-20 colocados pela União Soviética no seu território.
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