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Trump ainda pode vencer as eleições

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11/11/2020, Moon of Alabama

Trump hoje parece estar perdendo a luta pelo resultado eleitoral. Até aqui, ainda não exibiu qualquer prova de que tenha havido alguma fraude de proporções consideráveis. Mas, embora haja alguns votos ainda duvidosos, os números até agora não são suficientes para justificar a suposta autoproclamada vitória de Biden. As cortes provavelmente portanto rejeitarão as ações que Trump está iniciando.

A mídia, incluídos os órgãos estáveis de Murdoch, pela ala direita, e as gigantes das mídias privadas eletrônicas (ditas ‘sociais’), não se cansam de declarar firmemente vitória para Biden; assim sendo, já não ajudam Trump.

Mas o Partido Republicano e Trump quererão manter ativados o medo, a incerteza e a dúvida, pelo menos até 5 de janeiro, quando se decidem os dois turnos do Senado.

Por um lado, enquanto os Republicanos no poder liderarem a disputa, os Democratas continuarão a impetrar incontáveis ações judiciais contra o estado, para arrebanhar aqueles assentos para seu lado. Até darem ao governo Harris/Biden controle sobre o Senado.

É também possível que Trump realmente tente permanecer na presidência, mediante alguma manipulação do processo no Colégio Eleitoral.

Há várias etapas e prazos  no complicado processo eleitoral para a presidência dos EUA.

8 de dezembro – Estados determinam seus eleitores (“Grandes eleitores” ou “Eleitores Especiais”) para o Colégio Eleitoral;

14 de dezembro – Os eleitos para compor o Colégio Eleitoral reúnem-se nos respectivos estados para depositar seus votos para a presidência e a vice-presidência.

23 de dezembro – Certificados dos resultados da votação eleitoral são entregues ao presidente do Senado, que acontece de ser o vice-presidente Mike Pence.

3 de janeiro 2021 – Os membros do Congresso prestam juramento e são empossados.

6 de janeiro 2021 – O Congresso reúne-se para contar os votos eleitorais e declarar os resultados.
Trump pode, mesmo sem ter o número necessário de votos, usar o (melhor dizendo: abusar do) processo do Colégio Eleitoral para alterar os resultados a seu favor. Pode tentar bloquear ou retardar a certificação dos eleitos em alguns estados e/ou pode forçar deputados Republicanos nos estados a indicar eleitores pró-Trump.
Há precedente , da eleição de 1876:
“[Então, como agora] cada estado tem de decidir sobre um grupo de eleitores que se reunirão em sessão conjunta do Congresso em 6 de janeiro, na qual o vencedor da eleição presidencial é declarado”.

A prática normal em estado onde Biden tenha obtido o total de votos populares seria que as autoridades eleitorais estaduais certificassem os resultados e enviassem uma lista de ‘grandes’ eleitores ao Congresso. Mas as legislaturas estaduais têm poder constitucional para concluir que o voto popular foi corrompido; e enviar uma chapa eleitoral concorrente, em nome do próprio estado.

A 12ª Emenda à Constituição especifica que o “Presidente do Senado, na presença do Senado e da Câmara dos Deputados, abrirá todos os certificados e os votos serão então contados”. Isso significa que, no caso de disputas sobre chapas eleitorais concorrentes, o Presidente do Senado (o Vice-Presidente Pence) parece ser a autoridade final para decidir quais aceitar e quais rejeitar. Pence escolheria Trump. Os democratas apelariam para a Suprema Corte.

Alternativamente, se nesse momento nenhum candidato tiver os 270 votos eleitorais necessários, a 12ª Emenda estipula que “a Câmara dos Deputados escolherá imediatamente, por voto, o Presidente. Mas ao escolher o Presidente, os votos serão tomados por estado, tendo a representação de cada estado um voto”. Atualmente, os Republicanos têm maioria de delegações estaduais, com 26 dos 50 estados; e eles parecem quase certos de manter essa maioria no novo Congresso. Um voto dos estados elegeria então o Presidente Trump para um segundo mandato. E novamente, os Democratas apelariam à Suprema Corte, contra esse resultado.
Nos dois casos, a Suprema Corte – com seis de seus nove juízes nomeados pelos Republicanos, provavelmente decidirá a favor de Trump.

Há algumas variantes  a esse ‘script’:
Se a certificação dos resultados é efetivamente interrompida num estado, os deputados estaduais podem ocupar o vácuo da lei e escolher eleitores pró-Trump.·         O advogado, que pediu que seu nome não fosse citado, para comentar o cenário, disse que parece que a equipe de Trump estaria, agora, tentando jogar suficiente lixo no processo de apuração dos votos ‘atrasados’, para poder argumentar que seja impossível determinar o número preciso de votos.

·         O passo seguinte poderia ser tentar que a corte federal ou as cortes estaduais proíba os secretários de estado de certificar os resultados.

·         Qualquer movimento para garantir que se defina novo grupo de ‘grandes eleitores’ pode levar ao primeiro verdadeiro teste da Lei da Contagem de Votos Eleitorais de 1887 e pode acabar por ter de ser decidido na Suprema Corte.

·         Dentre os estados oscilantes, Arizona e Georgia têm governadores Republicanos e assembleias Republicanas. Michigan, Pennsylvania e Wisconsin têm governadores Democratas, mas assembleias estaduais com maioria Republicana.

Os democratas, claro, sabem dessa possibilidade. Por isso estão jogando tão empenhadamente numa ‘certeza’ da vitória de Biden, apesar de o processo eleitoral estar longe de ser decidido.

Mas que ninguém considere Trump completamente descartado. Apesar de quatro anos de ataque furioso, e do violentíssimo Russiagate inventado contra ele, Trump permaneceu no cargo e deu andamento a grande parte de seu programa. Trump é também o primeiro presidente em 100 anos que resistiu à furiosa pressão para iniciar nova guerra. Nada autoriza a concluir que desista e admita a derrota.

Só um homem capaz de impedir que Trump seja bem-sucedido em alguma estratégia “suja” no Colégio Eleitoral. Chama-se Donald Trump.

Durante quatro anos de governo, Trump jamais conseguiu selecionar conselheiros competentes. E agora precisará dos melhores estrategistas e advogados que haja nos EUA. Jared Kushner* e Rudi Giuliani não estão nesse grupo.

Trump também precisará do apoio total de seu partido para pressionar os legisladores estaduais. E terá que fazer concessões, para obter o apoio necessário.

Enquanto isso, todos nós, como espectadores, teremos de aumentar nossos estoques de pipoca para aguentar os próximos dois meses.*******
* Genro de Trump e sionista ativo e empenhado (ver “A estratégia de Jared Kushner obviamente saiu pela culatra” (ing.), 7/11/2020, Brad Griffin, Unz Review). Sem dúvida, algum ‘setor’ do sionismo errou a mão e perdeu a eleição EUA-2020. No mínimo, deixou escapar o conforto de uma reeleição sem ‘tumulto’.

Dois pontos que ainda não vi discutidos: (1) para onde está indo o dinheiro dos sionistas, na atual ‘disputa’ pela reeleição? Valha o que valer, sabe-se que “doadores de Wall Street que doam para as duas campanhas, superaram doadores que doaram só para Biden, na proporção de 5:1.” E (2) Por onde andará Steve Bannon? [NTs].AntwortenAllen antwortenWeiterleiten

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