por Larry Romanoff
2 de Julho de 2020
Nota importante: O autor escreveu posteriormente uma reformulação deste mesmo artigo, com informação adicional, devidamente comprovada. Será traduzida logo que possível.
Director aposentado da CIA, Allen Dulles (no centro) com o Presidente dos EUA, John F Kennedy, e o substituto da DIA na CIA, John A. McCone, em Washington, DC. no início dos anos 1960. Foto: A
•Projecto MK-ULTRA da CIA
•O Instituto de Pesquisa Stanford
• A Câmara de Horrores de Gottlieb’s
•O Holocausto das Criancinhas da CIA – e o Crime do Século do Canadá
•As memórias Ausentes do Quarto de Dormir
•A morte de Harold Blauer
•A Vida e Morte de Frank Olson
•CIA O Projecto MK-DELTA da CIA, de Stanley Glickman – Uma Grande Experiência com Pão Francês
•Os Americanos a Enfrentar de Novo os Seus Crimes
•Sidney Gottlieb
•O Projecto MK-ULTRA da CIA
O governo dos Estados Unidos financiou e realizou inúmeras experiências psicológicas em seres humanos sem o conhecimento deles, especialmente durante a Guerra Fria, talvez parcialmente para ajudar a desenvolver técnicas mais eficientes de tortura e interrogatório para os militares dos EUA e para a CIA, mas a extensão, o alcance e a duração quase inacreditáveis dessas actividades ultrapassaram muito as possíveis aplicações em interrogatórios, e parecem ter sido realizadas a partir de uma desumanidade fundamental e monstruosa. Ler apenas os resumos, mesmos sem mencionar os detalhes, é por si só, quase traumatizante.
Em estudos iniciados no final da década de 1940 e no início da década de 1950, o Exército dos EUA começou a identificar e a testar soros da verdade, como mescalina e escopolamina, em seres humanos, que invocaram ser de utilidade durante os interrogatórios a espiões soviéticos. Esses programas acabaram por se expandir num projecto de amplo campo de acção e enorme ambição, centralizado sob a competência da CIA, no que viria a ser designado como Projecto MK-ULTRA, uma importante colecção de projectos de interrogatório e controlo da mente. Inspirada inicialmente pelas ilusões de um programa de lavagem cerebral, a CIA iniciou milhares de experiências usando indivíduos americanos e estrangeiros, muitas vezes sem o seu conhecimento ou contra a sua vontade, destruindo inúmeras dezenas de milhares de vidas e causando muitas mortes e suicídios. Financiada, em parte, pelas Fundações Rockefeller e Ford e operada conjuntamente pela CIA, pelo FBI e pelas divisões de inteligência (serviços secretos) de todos os grupos militares, essa pesquisa da CIA, que durou décadas, constituiu uma imensa colecção de algumas das atrocidades mais cruéis e desagradáveis que se possam imaginar, num esforço determinado em desenvolver técnicas confiáveis de controlo da mente humana.
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